A metafísica do Bem na Filosofia da Natureza de Santo Agostinho

  • Marcos Roberto Nunes Costa Universidade Federal do Pernambuco UFPE
Palavras-chave: Agostinho, Natureza, Bem, Metafísica

Resumo

Partindo do princípio judaico-cristão de que Deus, ser único, mediante um ato livre de amor, criou todas as coisas a partir do nada (criação ex nihilo), Santo Agostinho defende que no universo físico, criado e governado por Deus, não há espaço para a desordem ou imperfeição (o mal), mas que a natureza é perfeitamente ordenada e harmoniosa, não havendo senão o bem, de forma que em Agostinho, existir, ser e bem são sinônimos. Já o suposto mal físico, ou a imperfeição no universo, não passa de uma ausência ou privação do bem, que acontece não como ser, mas como não ser.

Biografia do Autor

Marcos Roberto Nunes Costa, Universidade Federal do Pernambuco UFPE

Graduação em Filosofia, pela Universidade Católica de Pernambuco (1989), Mestrado em Filosofia, pela Universidade Federal de Pernambuco (1996), Doutorado em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000) e Pós-Doutorado em Filosofia pela Universidade do Porto (2016), com área de concentração em Filosofia Medieval, notadamente no pensamento de Santo Agostinho. Atualmente é professor efetivo na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, atuando nos Cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado em Filosofia (UFPE/UFPB/UFRN). Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Filosofia Medieval - SBFM. Ex-coordenador do Curso de Filosofia - UFPE. 

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Publicado
2021-08-28
Como Citar
Costa, M. R. N. (2021). A metafísica do Bem na Filosofia da Natureza de Santo Agostinho. ARARIPE — REVISTA DE FILOSOFIA - , 2(1), 104-115. https://doi.org/10.56837/Araripe.2021.v2.n1.782