A CONTRIBUIÇÃO NEFASTA DA REVISTA NATURE PARA O NEGACIONISMO

  • Thiago Lustosa Jucá Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Rérisson Máximo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE
  • Muciana Aracely da Silva Cunha Universidade Federal do Ceará - UFC

Abstract

The pseudoscientific ideas propagated by the scientific community in its main journals, especially in the early 20th century, gained strength with the eugenic ideas and Social Darwinism. In that sense, the core of the discussions revolved around racial differences as a biological phenomenon. This issue highlights the pernicious contributions of the prestigious journal Nature, which until recently indirectly supported racist beliefs and approaches such as apartheid, colonialism, forced labor, and colonialism, leaving indelible marks on its history. Discussions about racial differences, peoples, and individuals not only feed the denialism because of the lack of sufficient evidence, consensus, and scientific skepticism, but also are used to legitimize colonialist projects and expand the interests of the dominant economic power. This question notes that capitalism's strategies for achieving its current level of hegemonic socialization have only succeeded through the appropriation of scientific knowledge that has provided its technological improvements for the conquest of new lands, peoples, and ultimately, the accumulation of capital. In summary, there are authors who defend the perspective of denial as a social phenomenon that has more to do with the consequences of facts than with the facts themselves. This perspective extends the debate on denial beyond the ideas disseminated in social media and places it in a dimension where it is necessary to discuss the impact of the changes proposed by science on the hegemonies of certain sectors and dominant countries in the global economy.

Author Biographies

Thiago Lustosa Jucá, Universidade Federal do Ceará - UFC

Graduado em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado), Mestre e Doutor em Bioquímica, todos pela UFC.

Rérisson Máximo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE

Graduado em Arquitetura e Urbanismo (UFC), Mestre em Arquitetura e Urbanismo (USP) e Professor do IFCE.

Muciana Aracely da Silva Cunha, Universidade Federal do Ceará - UFC

Graduada em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela UFC e em Pedagogia (Uninter), Doutora em Biotecnologia (Renorbio/UFC).

References

1. BERTONI, Estêvão. O que é o ceticismo científico. E por que ele é necessário. Nexo
Jornal. Disponível em: %C3%A9-o-ceticismo-cient%C3%ADfico.-E-por-que-ele-%C3%A9-
necess%C3%A1rio>. Acesso em: 10 dez. 2022.
2. SAGAN, Carl. O Mundo assombrado pelos demônios. São Paulo: Companhia das Letras,
1996.
3. JUCÁ, Thiago Lustosa; CUNHA, Muciana Aracely da Silva; MÁXIMO, Rérisson. (2021).
Desafios da divulgação e da popularização da ciência em tempos de pandemia. Revista
Helius, v. 3. n. 2, fasc. 3, p. 1812-1865, 2020. Disponível em: <
//helius.uvanet.br/index.php/helius/article/view/164>. Acesso em: 10 dez. 2022.
4. MCINTYRE, Lee. Talking to science deniers and sceptics is not hopeless. Nature. World
View. 596, 165, 2021. DOI: https://doi.org/10.1038/d41586-021-02152-y
5. ROQUE, Tatiana. O dia em que voltamos de Marte: uma história da ciência e do poder
com pistas para um novo presente. São Paulo: Editora Crítica, 2021.
6. ARRETCHE, Marta. O negacionismo e o método científico hoje e na história. Nexo
Jornal. Disponível em: . Acesso em: 12 dez.
2022.
7. EDITORIAL. How Nature contributed to science’s discriminatory legacy. Nature, 609, p.
875-876, 2022. DOI: https://doi.org/10.1038/d41586-022-03035-6
8. SAINI, Angela. Want to do better science? Admit you’re not objective. World View.
Nature, 579, 175, 2020. DOI: https://doi.org/10.1038/d41586-020-00669-2
9. FARA, Patrícia. Uma breve história da ciência. São Paulo: Fundamento, 2014.
10. WALLACE, Rob. New Internationalist. Covid, a última herança do Colonialismo. Outras
Palavras. Disponível em: . Acesso em: 14 dez. 2022.
11. NOBLES, Melissa et al. Science must overcome its racist legacy: Nature’s guest editors
speak [Editorial]. Nature, 606, 225-227, 2022. DOI: https://doi.org/10.1038/d41586-022-
01527-z
12. TAYLOR, James. A viagem do Beagle: A extraordinária aventura de Darwin a bordo do
famoso navio de pesquisa do capitão FitzRoy. São Paulo: Edusp, 2009.
13. BROWNE, Janet. Darwin por Darwin: um panorama de sua vida e obra através de seus
escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 2019.
14. FUENTES, Agustín. “The Descent of Man”, 150 years on [Editorial]. Science, v.
372, Issue 6544, p. 769. DOI: 10.1126/science.abj4606
15. MOTA, Camilla Veras. A visão de Charles Darwin sobre os escravizados no Brasil: 'Serão,
no fim das contas, os governantes'. BBC News Brasil. Disponível em:
. Acesso em: 05 jan. 2023.
16. RICHERSON, Peter. J.; GAVRILETS, Sergey; WAAL, Frans B. M. Modern theories of
human evolution foreshadowed by Darwin’s Descent of Man. Science, v. 372, Issue 6544,
2021. DOI: 10.1126/science.aba3776
17. The Scientific basis for human unity: UNESCO publishes Declaration by world's
scientists. Disponível em: . Acesso
em: 17 dez. 2022.
18. PENA, Sergio Danilo. O DNA do Racismo. Revista Ciência Hoje. Disponível em:
https://cienciahoje.org.br/coluna/o-dna-do-racismo/. Acesso em: 05 dez. 2022.
19. ORSI, Carlos. Negacionismo, suas causas e história, em novo livro. Revista Questão de
Ciência. Disponível em: https://www.revistaquestaodeciencia.com.br/apocalipsenow/2021/08/14/negacionismo-suas-causas-e-historia-em-novo-livro. Acesso em: 15 dez.
2022
20. EDITORIAL (NATURE). Systemic racism: science must listen, learn and change.
Nature, 582, 147, 2020. DOI: https://doi.org/10.1038/d41586-020-01678-x
21. HOLLOWAY, Richard. Uma breve história da religião. Porto Alegre: Editora L&PM,
2019.
Published
2023-08-29
How to Cite
Thiago Lustosa Jucá, Rérisson Máximo, & Muciana Aracely da Silva Cunha. (2023). A CONTRIBUIÇÃO NEFASTA DA REVISTA NATURE PARA O NEGACIONISMO. ARARIPE — REVISTA DE FILOSOFIA - , 4(1), 61-75. https://doi.org/10.56837/Araripe.2023.v4.n1.1146