Entre o animal e a máquina:
qual o lugar do humano?
Resumen
O artigo pretende apresentar de modo geral a situação do homem contemporâneo, cuja noção se esvazia diante das provocações do animalismo, de um lado, e do pós-humanismo, de outro. Quem é realmente o homem? Um animal como os outros ou uma potencial máquina a ser desenvolvida através do enhancement de suas capacidades? Está-se diante de dois fenômenos preocupantes: uma absolutização do dado biológico no caso do animalismo, fazendo do ser humano somente um momento específico dentro do gênero animal; ou senão o abandono do biológico, transformado pela tecnologia que produz o “além-homem”, em condições diversas de existência, no caso do pós-humanismo. De qualquer modo, nessas novas antropologias (naturalista e tecnicista) perde-se aquilo que torna o homem propriamente humano, ou seja, o que a tradição chama de espírito ou alma (nous, psyché). Sem descer a detalhes, deseja- se indicar as principais teses, bem como os autores de referência, que caracterizam ambas as posições mencionadas. A atenção também se dirige à tentativa de re-dizer o humano como pessoa, partindo dos elementos presentes nas posições em estudo, mas indo além de seus reducionismos.
Citas
KASS, L. The wisdom of repugnance. In: The New Republic, 02.06.1997, 17-26. KURTZWEIL, R. La singolarità è vicina. Apogeo Education, Santarcangelo di
Romagna 2008.
MORE, M. A Letter to Mother Nature: Amendments to the Human Constitution. 2009. Disponível em: https://strategicphilosophy.blogspot.com/ search?q=letter+to+mother+nature. Último acesso em 29.04.2021.
PALAZZANI, L. Dalla bio-etica alla tecno-etica: nuove sfide al diritto. Torino, Giappichelli, 2017.
PARENS, E. The Goodness of Fragility: On the Prospect of Genetic Technologies Aimed at the Enhancement of Human Capacities. In: Kennedy Institute of Ethics Journal, 5/2 (1995), 141-153.
REGAN, T. The case for animal rights. Berkeley/Los Angeles, University of California Press, 1983.
SANDEL, M. Contra a perfeição. Ética na era da engenharia genética. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2013.
SINGER, P. Ética práctica. Madrid, Akal, 2009.
SLOTERDIJK, P. Regras para o parque humano. São Paulo: Estação Liberdade, 2011.
VAZ, H. C. L. Antropologia Filosófica I. São Paulo, Loyola, 1991.
______. Escritos de Filosofia III: Filosofia e Cultura. São Paulo, Loyola, 1997.
WOLFF, F. Nossa humanidade. De Aristóteles às neurociências. São Paulo, Unesp, 2011.
1 Ao submeter trabalhos à revista ARARIPE, caso este seja aprovado, o autor autoriza sua publicação sem quaisquer ônus para a revista ou para seus editores.
2 Os direitos autorais dos artigos publicados na ARARIPE são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
3 Fica resguardado ao autor o direito de republicar seu trabalho, do modo como lhe aprouver (em sites, blogs, repositórios, ou na forma de capítulos de livros), desde que em data posterior fazendo a referência à revista ARARIPE como publicação original.
4 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
5 Os originais não serão devolvidos aos autores.
6 As opiniões emitidas pelos autores são de sua inteira e exclusiva responsabilidade.
7 Ao submeterem seus trabalhos à ARARIPE os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos, ou seja, não publicados anteriormente em qualquer meio digital ou impresso.
8 A revista ARARIPE adota a Política de Acesso Livre para os trabalhos publicados sendo sua publicação de acesso livre, pública e gratuita. Portanto, os autores ao submeterem seus trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito sob a licença Creative Commons - Atribuição Não-comercial 4.0 Internacional.
9 O trabalho submetido poderá passar por algum software em busca de possíveis plágios para averiguar a autenticidade do material e, assim, assegurar a credibilidade das publicações da ARARIPE e do próprio autor diante da comunidade filosófica do país e do exterior.
10 Mas, apesar disto, após aprovação e publicação do artigo, for constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
11 Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista ARARIPE, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhes garantidos o direito à ampla defesa.
12 Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.