O elemento deontológico da moral agostiniana: um estudo do conceito de verdade

  • Matheus Jeske Vahl Universidade Federal de Pelotas UFPel

Resumen

RESUMO: Na reflexão que desenvolve nos textos do primeiro decênio de sua obra Agostinho mantém um princípio teleológico forte, a saber, que o grande motivo que leva o homem a filosofar e buscar a compreensão da Verdade é o desejo de ser feliz, isto é, encontrar a Beatitude que ele identifica com a condição de estar plenamente em Deus, fim último a ser buscado pelo homem. Este fim só é atingido por quem compreende a Verdade com a reta razão e vive a virtude com reta vontade. Trata-se de um processo cognitivo e volitivo onde a ação humana precisa estar em conformidade com uma realidade transcendente, exterior à natureza criada, que lhe está na condição de um mandato de ação. Neste ponto percebemos a presença de um elemento deontológico forte já nesta fase de seu pensamento, o qual não esvazia sua ampla reflexão acerca da liberdade humana, mas a situa no contexto da teodiceia que justifica sua moral religiosa.

Biografía del autor/a

Matheus Jeske Vahl, Universidade Federal de Pelotas UFPel

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Pelotas (2009). Cursou Teologia pela mesma universidade entre 2010-2011. Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas na área de Ética (2015), e Doutorado na área de Ética e Filosofia Política pela mesma instituição, cujo título da tese foi Iustitia et Misericordia: o conceito de justiça na obra de Santo Agostinho. Possui experiência docente com Ensino Médio e Superior, tendo atuado no Ensino de Humanidades para cursos de áreas técnicas e para graduação em licenciatura de Filosofia. É pesquisador com diversas publicações nas áreas de Filosofia Moral e Política, Filosofia Medieval, Teologia e Ciências da Religião. 

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Publicado
2020-10-02
Cómo citar
Vahl, M. J. (2020). O elemento deontológico da moral agostiniana: um estudo do conceito de verdade. ARARIPE — REVISTA DE FILOSOFIA - , 1(1), 27-40. https://doi.org/10.56837/Araripe.2020.v1.n1.620