João Escoto Erígena, Periphyseon ou A divisão da natureza; tradução inédita e notas P. Calixto, a partir dos excertos da edição latina de Edouard Jeauneau, Turnholt, Brepols, 1996.

  • Pedro Calixto Ferreira Filho Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF
  • Uellinton Valentim Corsi Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS/CAPES

Resumen

O objetivo que o autor persegue nesta obra é a apreensão e a explicação das diferentes modalidades da natureza, bem como as suas interdependências respectivas. Para isso, ele desenvolve um sistema filosófico original, fundamentado sobre a tríade neoplatônica: imanência, processão e retorno. A natureza, enquanto conceito universal englobando Deus e a criatura, é concebida a partir de um duplo movimento: de saída, o mundo é auto-manifestação de Deus; de retorno, o processo criacional tende a reunificação de todas as coisas em Deus. A noção de nada exerce uma função essencial nessa perspectiva, pois os primeiros exercícios dialéticos do Periphyseon, essenciais ao sistema filosófico erigeniano, estabelece como divisão fundadora da natureza ou Physis (o conceito de maxima extensio), a divisão que intervém entre o ser e o não-ser.

Biografía del autor/a

Pedro Calixto Ferreira Filho, Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF

graduação em Historia da Filosofia - Université Paris-Sorbonne (1997), graduação em Licenciatura em Ciências da Religião - Institut Catholique de Paris (1996), graduação em Lettres classique - Latin patristique - Institut Catholique de Paris (1996), mestrado em - UNIVERSITE DE SORBONNE - PARIS IV (1999) e doutorado em Filosofia - UNIVERSITE DE SORBONNE et UNIVERSIDADE DE SAO PAULO (2004). Em 2018-2019 realizou um Pós-doutorado na Universidade de São Paulo sobre o tema Linguagem no pensamento de João Escoto Erígena. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Juiz de Fora. Vice Coordenador do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora, Professor de Metafísica, Filosofia Antiga e Filosofia Medieval da Universidade Federal de Juiz de Fora. Membro permanente do Programa de Pós-graduação da UFJF Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Metafísica e Neoplatonismo, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem,, epistemologia e metafísica..Assume a direção da Revista Translatio (organização 2021).

Uellinton Valentim Corsi, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS/CAPES

Bacharel em Filosofia pela PUCRS. Mestrando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul com enfoque no autor João Duns Scotus. Atualmente é pesquisador  bolsista da Capes em Filosofia Medieval na área da Metafísica e Ética. Em linhas gerais, a investigação é pautada no ineditismo do tema no pensamento de Scotus, (Ordinatio III, d. 15, q. un.), acerca do estatuto ontológico do sofrimento, ações mistas e voluntariedade. Em 2021 recebeu o Prêmio de Pesquisa Destaque das Ciências Humanas, o Prêmio de Melhor Pesquisa das Ciências Humanas e o título de aluno laureado pelo excelente desempenho acadêmico pela PUCRS. Em 2022 recebeu o título de "Imortal" da Academia Luso-Brasileira de Letras do Rio Grande do Sul, sendo um dos mais jovens membros da Academia. Membro do Grupo de Trabalho (GT) "Filosofia na Idade Média", cujas atividades estão vinculadas à Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF)

Citas

FRONTSI-DUCROUX; J-P VERNANT. Dans l’oeil du miroir. Paris: Odile Jacob, 1997
KOFMAN, S. Comment s’en sortir? Paris: Galilée, 1983.
SEVERO, M. Formas de ler os nomes do impossível. In: Jornal Literário Pernambuco, nº187, setembro de 2021. Cepe Editora.
STEPHAN, Cassiana. Amor pelo avesso: de Afrodite a Medusa. Estética da existência entre antigos e contemporâneos. Curitiba: Kotter Editorial, 2021.
Publicado
2022-08-09
Cómo citar
Pedro Calixto Ferreira Filho, & Uellinton Valentim Corsi. (2022). João Escoto Erígena, Periphyseon ou A divisão da natureza; tradução inédita e notas P. Calixto, a partir dos excertos da edição latina de Edouard Jeauneau, Turnholt, Brepols, 1996. ARARIPE — REVISTA DE FILOSOFIA - , 3(1), 175 -192. https://doi.org/10.56837/Araripe.2022.v3.n1.928