DOAÇÕES DE TERRENOS PÚBLICOS PARA FINS DE MORADIA: UM ESTUDO DE CASO EM JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ
Abstract
The right to housing is a fundamental element for full access to the right to the city. In this vein, the Federal Constitution of 1988, in its article 6, establishes housing as a social right, and it is up to the federative entities to cooperate to achieve it. However, historically in Brazil, housing has been denied to socioeconomically vulnerable groups. In this context, this article aims to analyze the ordinary municipal legislation ofJuazeiro do Norte, between the years 2000 and 2020, aimed at the donations/alienations of the municipality’s own land for housing purposes.Adocumentary research was carried out on ordinary municipal legislation between the years 2000 and 2020. These documents were saved and organized by years, then they were read and statistically categorized according to their contents in macro categories: 1) public and 2) private, in addition
to 47 subcategories. A total of 11 laws were obtained aimed at donations of public land for housing purposes, which culminated in 177 beneficiaries. The legislative acts are concentrated in 2019 (55%), 2003 (20%) and 2015 (18%), during progressive and liberal administrations. The most frequent neighborhoods in donations were the urban-peripheral Campo Alegre (55%), Tiradentes (21%) and João Cabral (20%). It is concluded that donations for housing purposes are numerically lower when compared to land disposals for commercial/industrial purposes, however, they contemplated a significant number of civilians as beneficiaries. In addition, these legislative acts were subdivided between progressive and liberal governments, in addition to having focused on urban-peripheral neighborhoods.
References
BRASIL. Lei nº. 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece as diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2001]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 25 jun. 2021.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 1992.
CASTELLS, Manuel. A questão urbana. 7 ed. São Paulo: Paz e terra, 2020.
CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, Série Princípios, 1989.
CYMBALISTA, Renato. A trajetória recente do planejamento territorial no Brasil: apostas e pontos a observar. Revista paranaense de desenvolvimento, n. 111, p. 29-45, 2006.
CYMBALISTA, Renato; MOREIRA, Tomás. Política Habitacional no Brasil: a história e os atores de uma narrativa incompleta. In: ALBUQUERQUE, Maria do Carmo (Org.). Participação popular em políticas públicas: espaço de construção da democracia brasileira. São Paulo: Instituto Pólis, 2006, p. 31 – 48.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010: Panorama de Juazeiro do Norte - 2010a. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/juazeiro-do-norte/panorama.Acesso em 20 jul. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010: população residente pessoas - 2010b. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/608#resultado. Acesso em 20 jul. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010: Panorama de Crato - 2010c. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/crato/panoram. Acesso em 20 jul. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010: Panorama de Barbalha - 2010d. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/barbalha/panorama. Acesso em 20 jul. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010: domicílios recenseados (unidades) - 2010e. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1310#resultado. Acesso em 20 jul. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Produto Interno Bruto dos Municípios - 2018. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/5938. Acesso em 20 jul. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Estimativas da população: população residente estimada (pessoas) - 2020. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/6579#resultado. Acesso em 20 jul. 2021.
LEFEBVRE, Henri. O pensamento marxista e a cidade. Tradução de Maria Idalina Furtado. Lisboa: Editora Ulisseia, 1972.
MARICATO, Erminia. A cidade sustentável. In: Congresso Nacional de Sindicato de Engenheiros, 9º. 2011.
MARICATO, Ermínia. As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias: Planejamento urbano no Brasil. In: ARANTES, Otília; VAINER, Carlos;
MARICATO, Ermínia. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
OSÓRIO, Letícia. Direito à moradia no Brasil. Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas. 2004. Disponível em: https://www.fna.org.br/2004/09/09/direito-a-moradia-no-brasil/. Acesso em: 17 jul. 2021.
PEREIRA, Raimara Gonçalves; PEREIRA, Anete Marília; MIRANDA, Samira de Alkimim Bastos. Desenvolvimento da política habitacional brasileira e a criação do Programa Minha Casa Minha Vida-PMCMV. Serviço Social em Perspectiva, v. 2, n. Especial, p. 259-272, 2018.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
SÁ-SILVA, Jackson Ronie; DE ALMEIDA, Cristóvão Domingos; GUINDANI, Joel Felipe. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista brasileira de história & ciências sociais, v. 1, n. 1, 2009.
WIRTH, Louis. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, Otávio Guilherme. (org.). O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
Copyright (c) 2024 Ciência e Sustentabilidade
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à revista, o autor estará cedendo integralmente seus direitos patrimoniais da obra à publicação, permanecendo detentor de seus direitos morais (autoria e identificação na obra), conforme estabelece a legislação específica.
O trabalho publicado é considerado colaboração, portanto, o autor não será cobrado pela publicação ou receberá nenhum tipo de pagamento ou pró-labore.
Os textos são de responsabilidade de seus autores.
Citações e transcrições serão permitidas mediante menção às fontes.