CLASSIFICAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E OCORRÊNCIA DE EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NAS TRÊS MESORREGIÕES DO ESTADO DE ALAGOAS (BR)

  • Maria José da Silva Lima ICAT - Universidade Federal de Alagoas
  • Iara Bezerra da Silva Cavalcante ICAT - Universidade Federal de Alagoas
  • Helen da Silva Mendonça ICAT - Universidade Federal de Alagoas
  • Pedro Fernandes de Souza Neto ICAT - Universidade Federal de Alagoas
  • Silvania Donato da Silva ICAT - Universidade Federal de Alagoas
  • Davi de Oliveira Cavalcante Amorim ICAT - Universidade Federal de Alagoas
  • Djane Fonseca Da Silva ICAT - Universidade Federal de Alagoas

Resumo

A seca meteorológica é baseada no déficit de precipitação, e sua comparação em relação ao valor normal. Visto que seca é um evento complexo, tendo influência local ou regional e estudá-la é de suma importância para o planejamento e gestão dos recursos hídricos, objetiva-se aplicar e analisar o SPI para classificação e quantificação dos eventos extremos secos e chuvosos, para o Estado de Alagoas, e identificar anos de maiores déficits e/ou excesso de precipitação. Foram utilizados dados pluviométricos da Agência Nacional das Águas (ANA), no período de 1963 a 2001 para algumas cidades da região Agreste, Sertão e Leste de Alagoas. Para o cálculo do SPI foi utilizado a distribuição gama, e estimados os limites de precipitação que representam a cada categoria do índice. Os resultados mostraram que todas as cidades apresentam maiores ocorrências de secas que chuvas, no entanto para a categoria extrema os eventos de chuva mostraram-se mais frequentes. Já eventos extremos, tanto secos quanto chuvosos, ocorreram em boa parte da série em anos de ENOS, e os anos normais foram os persistentes em todas cidades estudadas. De modo geral, os eventos secos mostram maior percentual de ocorrência, ou seja, existem mais casos secos, porém de baixa intensidade. O SPI revelou-se uma ferramenta útil e eficiente para detecção e monitoramento de seca/chuvas no Estado analisado. 

Referências

BONFIM, O.E.T. & DA SILVA, D. F. Influência do ENOS canônico e modoki sobre a ocorrência de eventos extremos na bacia hidrográfica Aguapeí–Peixe (SP). Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, v. 9 n. 3, 2018.

CPTEC. La Niña. El Niño. Disponível em: http://enos.cptec.inpe.br/ Acesso em 25/10/2018.

DA SILVA, D. F. Previsão Hidro-climática para prevenção de desastres naturais do leste do Nordeste do Brasil utilizando análises estatísticas avançadas. Junho de 2014. 44 p., chamada universal MCTI/CNPQ Nº 14/2014.

FERNANDES, D. S.; HEINEMANN, A. B.; PAZ, R. L.; AMORIM, A. O.; CARDOSO, A. S. Índices para a Quantificação da Seca. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2009.

GUEDES, R.V. S.; MACEDO, M. J. H.; SOUSA, F. A. S. Análise espacial de eventos de secas com base no índice padronizado de precipitação e análise de agrupamento. Revista Brasileira de Ciências Ambientais – Número 23 – Março de 2012. Pg 55-56.

HAYES, M. J.; SVOBODA, M. D.; WILHITE, D. A.; VANYARKHO, O. V. Monitoring the 1996 drought using the Standardized Precipitation Index. Bulletin of the American Meteorological Society, v.80, n.3, p.429-438, 1999.

Suporte Geográfico. Clima de alagoas. Disponível em: https://www.infoescola.com/geografia/clima-de-alagoas/. Acesso em: 27 de ago. de 2018.

INMET. Carta de produtos/serviços aos cidadãos. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=informacoes/cartaProdutoServicoCidadaoView&id=25. Acesso em: 27 de ago. de 2018.

INPE. Índice de precipitação padronizado (SPI). Disponível em: http://clima1.cptec.inpe.br/spi/pt. Acesso em: 21 de agosto de 2018.

MACEDO, M. J. H.; GUEDES, R. V. S.; SOUZA, F. A. S.; DANTAS, F. R. C. Análise do índice padronizado de precipitação para o estado da Paraíba, Brasil. Ambi-Agua, Taubaté, v. 5, n. 1, p. 204-214, 2010.

MOLION, L.C.B.; BERNARDO, S.O. Uma revisão da dinâmica das chuvas no Nordeste Brasileiro. Revista Brasileira de Meteorologia, v.17, n.1, p. 1-10, 2002.

SANSIGOLO, C. A. Análise Comparativa do Desempenho dos Índices de Seca de Palmer (PDSI) e da Precipitação Normalizada (SPI) em Piracicaba, SP (1917-2001). Revista Brasileira de Meteorologia, v.19, n.3, 237-242, 2004.

SANTOS, S.R.Q.; BRAGA, C.C.; SANSIGOLO, C.A.; SANTOS A.P.P. Determinação de Regiões Homogêneas do Índice de Precipitação Normalizada (SPI) na Amazônia Oriental. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 32, n.1, p 111-122, 2017.

SOUSA, F. A. S.; MACEDO, M. J. H.; GUEDES, R.V. S.; SILVA, V. P. R. O Índice de Precipitação Padronizada (IPP) na identificação de extremos de chuvas e secas na bacia do rio Paraguaçu (BA). Ambiência Guarapuava (PR) v.12 n.2 p. 707-719 Mai/Ago. 2015.

TEIXEIRA, C. F. A.; DAMÉ, R. C. F.; BACELAR, L. C. S.; SILVA, G. M.; COUTO, R. S. Intensidade da seca utilizando índices de precipitação. Rev. Ambient. Água, vol.8 n 3 Taubaté set./dez. 2013.

ULIANA, E. M.; DOS REIS, E. F.; DE SOUZA, A. P.; DA SILVA, J. G. F. e XAVIER, A. C. Utilização do Índice de Precipitação Padronizado para a Região Norte do Estado do Espírito Santo. Irriga, Botucatu, v. 20, n. 3, p. 414-428. Julho - setembro, 2015.

Publicado
2019-03-14
Como Citar
Lima, M. J. da S., Cavalcante, I. B. da S., Mendonça, H. da S., de Souza Neto, P. F., da Silva, S. D., Amorim, D. de O. C., & Da Silva, D. F. (2019). CLASSIFICAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E OCORRÊNCIA DE EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NAS TRÊS MESORREGIÕES DO ESTADO DE ALAGOAS (BR). Ciência E Sustentabilidade, 4(2), 151-172. https://doi.org/10.33809/2447-4606.422018151-172
Seção
Artigos