Estimativa da erosividade das chuvas na zona rural do município de Rurópolis, Pará
Resumen
Na Amazônia, a deterioração do solo causada pelo processo erosivo, torna vulneráveis as áreas cobertas por pastagem. O objetivo neste trabalho foi estimar a erosividade das chuvas no município de Rurópolis, Pará. A partir da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, foram obtidos os dados pluviais da área de estudo. Para estimar a erosividade foi analisado o fator R da Equação Universal de Perdas de Solo e efetuados cálculos da erosividade anual e mensal, referente ao período de 1983 a 2021, totalizando 39 anos. Os resultados evidenciaram que a erosividade anual e mensal está classificada com alta e muito alta, evidenciando o período chuvoso como a época mais crítica. O ano mais pluvioso da série histórica foi 2021, com total anual de 3.580 milímetros (mm). Em seguida, 1985 e 2008 também apresentaram alto volume de chuva com valores de 3.333 e 3.081 mm, respectivamente. Por outro lado, o ano de 2015 foi o menos chuvoso e apresentou o total de 1.128 mm de chuva. Os anos com maiores valores de erosividade foram 1985 e 2021 (19.781,8 e 18.540,1 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, respectivamente). Em relação à erosividade mensal, constatou-se que março foi o mês com maior média (2.668,3 MJ mm ha-1 h-1), enquanto agosto, apresentou o menor potencial erosivo (414,8 MJ mm ha-1 h-1). Dessa forma, estudos sobre os riscos de perda de solo pela erosão e consequentemente, as perdas financeiras no setor produtivo, quando não se adota práticas de conservação do solo e da água, servem para orientar as políticas públicas com foco para a agropecuária, sensibilizando atores sociais sobre a necessidade de melhor planejamento do uso do solo.
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