Fermentando a inclusão

vozes do cotidiano feminino

  • Nathalia Cristina Barbosa Nogueira Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Aline Moreira cunha Monteiro Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Daniele Sabrina de Fátima Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Suedali Villas Bôas Coelho Barata Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Leida Calegário de Oliveira Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Ana Paula de Figueiredo Conte Vanzela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Palavras-chave: Emancipação, Mulher, conscientização, Biotecnologia, Produção

Resumo

Vozes femininas, confinadas ao recesso doméstico foram vitimadas e silenciadas, com sonhos e perspectivas muitas vezes cerceados. Para subverter essa lógica, FermentAção quis ouvir, instrumentalizar e produzir consciência, poder e autonomia a partir dos próprios espaços vividos como limitadores. A proposta, construída com a comunidade da Ocupação Vitória, Diamantina-MG, congregou mulheres para refletir, elaborar a diretriz motivadora e definir quais aprendizados e práticas seriam incorporados. A ação foi desenvolvida na cozinha comunitária, espaço de resistência que serve refeições gratuitas a partir de doações. Ao longo do projeto, mulheres transitaram pelos momentos de reflexão sobre o ser mulher, para, de forma livre, falar sobre suas experiências de vida e sonhos. Algumas definiram o que queriam aprender e comercializar. Após oficinas sobre iogurte, geleias e higienização - criaram a FermentAção Vitória como espaço de produção de pizzas artesanais, a fim de gerar renda e aumentar o acesso familiar aos produtos. Pizzas foram produzidas e experimentadas pela comunidade local. Foi construído o cardápio com sabores definidos pelo grupo e sua logomarca. Universitárias atuaram com reflexões conscientizadoras sobre ser mulher, fazer biotecnologia como saber milenar humano e uniram academia com cozinha tradicional, produzindo saúde social e pessoal, numa formação pautada na realidade. A liderança planeja festa com espaço para barraca da pizza, como meio de divulgar ações da comunidade, captar renda e melhorar sua aceitação. Diante de tantos processos de exclusão, o grupo enfrenta necessidade de aceitação consistente para conseguir comercializar seu produto.

Biografia do Autor

Nathalia Cristina Barbosa Nogueira, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Estudante de Gradução em Letras, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Aline Moreira cunha Monteiro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Mestre em Saúde e Ambiente pela UFVJM, tutora da Universidade Norte do Paraná.

Daniele Sabrina de Fátima, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Técnica em Finanças pelo IFNMG, estudante de Graduação em Farmácia, UFVJM.

Suedali Villas Bôas Coelho Barata, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

[1]Doutora em Biocombustíveis pela UFVJM, técnica de laboratório em Bioquímica no Departamento de Ciências Básicas/UFVJM.

Leida Calegário de Oliveira, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Doutora em Ciências Biológicas (Fisiologia e Farmacologia) pela UFMG, docente do Departamento de Ciências Básicas/UFVJM.

Ana Paula de Figueiredo Conte Vanzela, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Doutora em Ciências Farmacêuticas pela USP, docente do Departamento de Farmácia/UFVJM.

Publicado
2024-09-13
Como Citar
NOGUEIRA, N. C. B.; MONTEIRO, A. M. CUNHA; FÁTIMA, D. S. DE; BARATA, S. V. B. C.; OLIVEIRA, L. C. DE; VANZELA, A. P. DE F. C. Fermentando a inclusão: vozes do cotidiano feminino. EntreAções: diálogos em extensão, v. 5, n. 1, p. 55-69, 13 set. 2024.